Mantega diz que Brasil não está imune à crise

Mantega diz que Brasil não está imune à crise, mas tem como enfrentá-la

08/08/2011 - 20h22
Política
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (8) que o Brasil não está imune ao agravamento da crise econômica mundial, mas ressaltou que o país possui instrumentos para contornar seus efeitos. "O Brasil não está no epicentro da crise, porém, nós sofremos as consequências da crise".

"O perigo não é aqui, no Brasil. Temos uma situação fiscal sólida e vamos continuar fortalecendo a situação fiscal", disse o ministro. "Prometo a vocês a cada mês uma surpresa em relação à situação fiscal, ou seja, a cada mês, um resultado melhor".

Após o fechamento em queda de 8.08% nas ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que acompanhou a retração das bolsas europeias, Mantega disse que a queda por ser passageira. "Pode ser que tudo isso acabe nesta semana", disse o ministro ao sair da reunião da coordenação política no Palácio do Planalto.

Além da contenção de gastos, o ministro disse que a equipe econômica está atenta para tomar medidas pontuais, como ocorreu em 2008, para conter os efeitos da crise no Brasil. "Armamento não falta. Haverá consequências, mas elas serão minimizadas".

"Estamos mais preparados porque temos muito mais reservas do que tínhamos em 2008", comparou o ministro. Ele não descartou que o país adote novos mecanismos para conter a desvalorização do dólar. "Temos instrumentos para controlar o câmbio, se houver algum exagero de desvalorização. Nós vamos atuar nos derivativos com mais força, como já estamos começando a atuar. Se faltar crédito no mercado internacional, vamos usar as reservas. Se faltar crédito no mercado interno, o sistema financeiro está muito sólido e temos os bancos públicos que outros países não têm".

Adotar essas medidas, no entanto, na avaliação do governo, ainda é prematuro. "Todo isso é prematuro porque eu não acredito que haja um agravamento da crise".

Mantega também defendeu uma participação mais efetiva dos países emergentes nas soluções da crise. "Se o G7 não está dando conta, embora o problema seja europeu e está envolvendo também os Estados Unidos, é oportuno que o G20 possa se manifestar e possa ajudar de fato".

 

 

Edição: Rivadavia Severo
Foto/Fonte: Agência Brasil
 

 

Notícias

Juiz faz audiência na rua para atender homem em situação vulnerável

Proteção social Juiz faz audiência na rua para atender homem em situação vulnerável Acordo homologado garantiu ao trabalhador o recebimento do BPC. Da Redação sexta-feira, 12 de setembro de 2025 Atualizado às 13:05 Uma audiência fora do comum marcou esta semana em Maceió/AL. O juiz Federal Antônio...

A renúncia à herança e seus efeitos no processo sucessório

A renúncia à herança e seus efeitos no processo sucessório Pedro Henrique Paffili Izá O STJ reafirma que renúncia ou aceitação de herança é irrevogável, protegendo segurança jurídica e limites da sobrepartilha. quinta-feira, 25 de setembro de 2025 Atualizado às 07:38 No recente julgamento do REsp...

Idosa de 76 anos obtém divórcio judicial para oficializar novo casamento

Idosa de 76 anos obtém divórcio judicial para oficializar novo casamento 23/09/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do DPE-TO) No Tocantins, uma idosa de 76 anos conseguiu formalizar o divórcio de um casamento que havia se dissolvido na prática há mais de duas décadas. A...

Valor Econômico: Volume de inventários digitais cresce no país

Valor Econômico: Volume de inventários digitais cresce no país Entre 2020 e 2024, número de procedimentos cresceu 49,7%, segundo o Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal O volume de famílias que têm resolvido a partilha de bens de forma extrajudicial vem aumentando desde 2020, quando foi...

Ex-cônjuge não sócio tem direito a lucros distribuídos depois da separação

Ex é para sempre Ex-cônjuge não sócio tem direito a lucros distribuídos depois da separação Danilo Vital 22 de setembro de 2025, 19h18 “Enquanto os haveres não forem efetivamente pagos ao ex-cônjuge, permanece seu direito de crédito em face da sociedade, que deve incidir também sobre os lucros e...